domingo, 29 de março de 2020

Eleanor & Park, de Rainbow Rowell

Leitura agradável, melancólica e pensativa. 
Eleanor passa por mais um momento díficil ao voltar a casa da mãe e do padrasto, depois de ter ficado um ano e tal na casa dos amigos da mãe, devido ao padrasto a ter posto fora de casa. Ao voltar a casa as coisas parecem iguais. os irmãos continuam lá, a apoiar-se-a uns aos outros e a mãe a ignorar tudo a sua volta. Na maior parte das vezes a violência física cicatriza primeiro que a psicológica, Eleanor volta mas receia e suspeita de tudo e de todos. A ida para a escola trás uma rotina desejável e certeira mas mais desafios a juntar a violência doméstica. O autocarro e o recinto desportivo são mencionados com locais de tortura mas igualmente de convivio.
Escola com diversas etnias em que encontramos Park, filho de mãe coreana e pai branco, que lida com a reação do pai por achar que o filho é muito feminino e as inseguranças do próprio por se achar incapaz de estar em conformidade com os desejos do pai ou da mãe. A mãe é algo pouco elaborado, referências a uma guerra e a familia que lá ficou, que aos chegar aos Estados Unidos, casou com o militar que a ajudou a fugir da situação, estudou e montou na sua casa o seu ganha-pão, cabeleireira e revendedora de produtos cosméticos. Descrita como feminina, com alguns conhecimentos da língua americana.
O livro tem um pouco de romance, um pouco de suspense, um pouco de mistério e muitos desafios da vida moderna e urbana na sua história. Relatos sobre violência doméstica, formas de racismo mas também sobre preseverança, o encontrar a si mesmo, o apoio e a ajuda de alguém.
Gostei e recomendo.
Sinopse:
Dois inadaptados. Um amor extraordinário.
Eleanor... é uma miúda nova na escola, vinda de outra cidade. A sua vida familiar é um caos; sendo roliça e ruiva, e com a sua forma estranha de vestir, atrai a atenção de todos em seu redor, nem sempre pelos melhores motivos.
Park... é um rapaz meio coreano. Não é propriamente popular, mas vestido de negro e sempre isolado nos seus fones e livros, conseguiu tornar-se invisível. Tudo começa a mudar quando Park aceita que Eleanor se sente ao seu lado no autocarro da escola.
A princípio nem sequer se falam, mas pouco a pouco nasce uma genuína relação de amizade e cumplicidade que mudará as suas vidas. E contra o mundo, o amor aparece. Porque o amor é um superpoder.
Boas leituras

sábado, 28 de março de 2020

DecoJournal Page for Beginners

muito obrigada ...

... ao sr. doutor, a menina enfermeira, ao sr. bombeiro, à menina da mercearia, ao sr. da limpeza de rua, ao vizinho que ficou em casa apesar de não gostar, ao sr. do outro lado da rua que acena da varanda,...

 são tantos mas tantos os agradecimentos para todos eles dedico esta minha página por participar nesta luta contra nós próprios

sexta-feira, 27 de março de 2020

Creme de beterraba

Olá
Numa segunda passada recebi na cesta três beterrabas e decidi procurar o que fazer com elas pois têm alguns truques na sua confeção. Encontrei várias receitas de sopa a bolos com este ingrediente e decidi fazer a sopa de Lisa . E depois as semanas foram passando e ficaram por ali.
Quase me esquecia de tirar foto (outra vez). Esta receita não foi bem como mandava a escrita pois juntei batata às minhas beringelas, pois estavam um pouco velhas e afim de engrossar a dita foi acrescentado ingredientes.
Ingredientes: 1 cebola, 3 batatas, 3 dentes de alho, sal, azeite, courgete, 3 beterrabas

No video a receita original está entre os 8:25 até 10:52 caso desejem ver como a senhora faz. 

quinta-feira, 19 de março de 2020

Verão em Edenbrooke, de Julianne Donaldson

Leitura agradável e rápida.
Marianne a caminho de Eldenbrooke vê-se confrontada com a aventura da sua vida ao ser assaltada, em que  o cocheiro leva um tiro e a sua empregada de quarto dá um tiro no assaltante e a partir daqui que Marianne tenta ajudar as pessoas que a acompanham e com isso ajudará outra que está em fuga, sem o saber.
Gostei. 
Sinopse:
Romance e aventura numa história encantadora, ao estilo de Jane Austen.
Marianne Daventry seria capaz de tudo para escapar ao tédio de viver em Bath e às investidas amorosas de um pretendente indesejado. Por isso, quando a sua irmã gémea, Cecily, a convida para passar o verão com ela em Edenbrooke, a maravilhosa propriedade rural de uns amigos da família, ela nem hesita em aceitar.
Parte assim para a casa de campo, pensando que poderá finalmente relaxar enquanto a irmã tenta conquistar Philip, o encantador herdeiro da propriedade. Mas rapidamente descobre que até os melhores planos podem correr mal.
Desde ser vítima de um assalto terrível até ter de ignorar sentimentos indesejados que começa a sentir pelo anfitrião da casa, Marianne vê-se enredada numa grande aventura, repleta de romance e intriga, que a deixará completamente desorientada.
Conseguirá Marianne conter o seu coração, ou irá um estranho arrebatá-lo irremediavelmente?
Boas leituras

quinta-feira, 12 de março de 2020

O Verão das Nossas Vidas, de Luanne Rice

Leitura agradável e envolvente. Cada mebro desta familia rica é descrito como cheio de desgraças passadas, fantasmas que ninguém resolveu da sua própria vida, e os acompanha ao longo dela, actos incutidos por outras pessoas que desfazem a vida por escolhas impróprias para si o que não mostra uma familia muito simpática para si própria e os seus membros. 
Pell deixa tudo nos Estados Unidos para ir a Capri, o que se encontra numa ilha pequena no meio do Golfo de Nápoles: a sua mãe. Pell sabe que a mãe está viva mas pouco mais e parte em busca de informações deixando a irmã mais nova com a familia do namorado, Travis Shaw, em Newport. Desconhece o que irá encontrar na ilha mas com a morte do pai necessita de um adulto que toma as redeas da vida familiar e ajude Lucy, a sua irmã mais nova para não ficarem nas mãos da avó. Enquanto lá conhece Max, escritor de sucesso nos tempos livres e o seu neto, Rafe, drogado a sofrer o periodo de desitoxicação sozinho após saída do período de confinamento e tentado se ajustar a vida sem Mónica e sem drogas.  
Lyra deixou os seus filhos pequenos num dia, foi para o hospital e nunca mais voltou. Anos depois ainda é consumida pelo desgosto das suas acções e por ter deixado as suas filhas entregues ao pai, apesar de em certa forma compreender a necessidade de tal acto pelo que fez. Passou por um período de negação pelo que fez, ou neste caso quase fez, tentar matar a filha mais velha num período de depressão e pouco senso.
Sinopse:
Capri: Uma ilha lendária, mergulhada em sabedoria e mistérios seculares...
Uma mulher que aprende finalmente a confiar na vida e no amor...
Mãe e filha, separadas durante anos, à procura de uma forma de enfrentarem juntas o futuro...
Há dez anos, Lyra Davis deixou para trás as pessoas que mais amava, incapaz de reconciliar as expectativas da família com as aspirações do seu próprio coração. Agora vive tranquilamente no meio de uma comunidade de expatriados em Capri, aprendendo devagar, com cuidado e pela primeira vez, a viver em pleno, desabrochando graças à amizade de um homem único que reconhece nela a sua alma gémea.
Em Newport, Rhode Island, Pell Davis está preparada para assumir o seu lugar entre a elite local. Porém, tanto ela como a irmã mais nova, Lucy, ainda suspiram pela mãe que as abandonou quando eram crianças, para serem criadas pelo pai que as adorava. Pell acha que conhece os motivos da sua mãe, que julgava poder amá-las melhor se partisse. Mas agora, com o pai morto, Pell decide atravessar o oceano para encontrar a mãe de quem se recorda e as verdades escondidas que Lyra nunca fora capaz de contar...
Sentimental e inesquecível, O Verão das nossas Vidas revela como um romance improvável dá nova forma ao significado do amor e uma família resiste ao reavivar de memórias para encontrar um novo caminho.
Boas leituras

terça-feira, 3 de março de 2020

A espia, de Paulo Coelho

Leitura mais ou menos agradável e rápida. Diria que existem dois momentos, o primeiro quando é a própria Mata Hari a contar a sua história, enquanto espera que os seus carrascos se pronunciem sobre a sua sentença, e o segundo quando o seu advogado conta o que lhe aconteceu depois. Não é vista de uma forma muito positiva.
Mata Hari, na sua juventude mais conhecia como Margaretha Zelle, não gostava do seu país e da vila pequena de Leeuwarden onde nasceu e foi criada, procurando por excitação da pasmaceira existente. Primeiro casa-se com um oficial, Rudolf, pensando que o casamento lhe traria a vida que desejava quando ele é destacado para a Inonésia começa a viver um inferno na ilha paradisíaca. Aí com outra mulher de oficial encontra a sua razão de viver e age de acordo. Mara Hari tudo faz em seu próprio beneficio para voltar para a Holanda, depois Paris, e conseguir financiamento para a dança, o seu ganha-pão. Jogos entre ambos os lados um pouco antes do inicio da guerra, o recrutamento da parte de Mata Hari por ambos as faces e mais tarde, muito mais tarde, a queda de Mata Hari pelos seus "fãs" em ambos os lados das trincheiras.
Apesar da escrita ser bonita o conteúdo não favorece a heroína, tinha outra ideia dela.

Sinopse:

«Tudo o que sei é que o meu coração é hoje uma cidade fantasma, povoado por paixões, entusiasmo, solidão, vergonha, orgulho, traição, tristeza. E não consigo desenvencilhar-me de nada disso, mesmo quando sinto pena de mim própria e choro em silêncio. Sou uma mulher que nasceu na época errada e nada poderá corrigir isso. Não sei se o futuro se lembrará de mim, mas, caso isso ocorra, que nunca me vejam como uma vítima, e sim como alguém que deu passos com coragem e pagou sem medo o preço que precisava de pagar.»
Mata Hari foi a mulher mais desejada da sua época: a famosa bailarina que usava exóticas danças orientais para chocar e encantar as plateias de toda a Europa; a confidente e amante dos homens mais ricos e poderosos do seu tempo; a mulher com um passado enigmático que despertava o ciúme e a inveja das senhoras da mais alta aristocracia parisiense. Uma mulher que ousou libertar-se do moralismo e dos costumes provincianos das primeiras décadas do século XX – e pagou caro por isso.
Em "A Espia", Paulo Coelho evoca de forma magistral a vida desta magnífica mulher, que nasceu à frente do seu tempo, apresentando-a ao leitor contemporâneo como uma poderosa lição de força e de liberdade.
Boas leituras