sexta-feira, 11 de outubro de 2024

irmãs debaixo do sol nascente de Heather Morris

Leitura agradável e fresca no sentido de ter lido poucos relatos ocorridos fora da Europa e independente do tema ser triste, pois retrata situações ocorridas durante a segunda grande guerra de dificuldades e desafios, mas considero que a escrita está bem fluida, direta intercalando reflexões e pensamentos da enfermeira e da musicóloga com factos reais.
Acompanhamos as situações familiares e pessoais de diferentes pessoas antes da guerra ser declarada no outro lado do oceano pacifico em 1942, e os preparativos dos mesmos para enviar família e pontos de encontro para o caso de Norah Chambers e filhos e respetivos pais. Da parte das enfermeiras australianas lemos sobre a mobilização das mesmas para fora de Singapura com o envio dos seus doentes em barcos ou para outros hospitais. É claro que advínhamos que a grande maioria não chegará ao destino.
Temas abordados: a amizade entre mulheres, o sentido de entreajuda, sacrifícios para o bem comum, a vida num campo de concentração feminino, a chegada de mulheres holandesas ao campo.
Recomendo.

 Sinopse:

Tentaram calá-las mas as suas histórias não podiam ser esquecidas. Descubra o novo e extraordinário romance da autora de O Tatuador de Auschwitz.
É preciso salvá-la. Eis o que terá pensado Norah Chambers, uma música inglesa, quando faz embarcar a filha de oito anos num navio para fugir de Singapura. Estamos em plena Segunda Guerra Mundial, o exército japonês avança. E esta mulher fica para trás, para cuidar do marido e dos pais, sabendo que talvez nunca volte a ver a menina.
Tenho de ajudar. Eis o que terá pensado a enfermeira australiana Irmã Nesta James quando se alistou para auxiliar as tropas aliadas. Mas Singapura cai nas mãos dos Japoneses e ela é levada, com muitas outras pessoas, incluindo a pobre Norah, para um navio. Dois dias depois, a embarcação é bombardeada e todas aquelas pessoas acabam perdidas no mar. Nesta e Norah conseguem chegar a uma ilha remota, mas são capturadas novamente e levadas para um campo de prisioneiros.
Em cativeiro, estas duas mulheres, ao lado de muitas outras, encontrarão na amizade e nos laços de irmandade feminina a grande força para tudo suportar. Porque, se a esperança é a última a morrer, é preciso unir as nossas almas e os nossos corações para sobreviver.

Boas leituras

domingo, 6 de outubro de 2024

O italiano de Arturo Pérez-Reverte

Leitura agradável sobre um tema desconhecido para mim, o trabalho dos mergulhadores durante a segunda grande guerra, sabotadores da marinha italiana que explodiam os navios dos ingleses estacionados em Gibraltar, vigiavam e espiavam os seus alvos, e respetiva circulação marítima, enquanto estavam no lado espanhol.
Temos dois tempos temporais, o tempo presente, com as viagens, conversas e pensamentos do jornalista aquando da pesquisa para a criação da história contando os seus problemas ao leitor e as conversas que teve com testemunhas da época, e o tempo passado no ano de 1943 com a história de amor de Teseo e Elena, muito leve, bem como o mistério de barcos e navios afundados e a investigação feita pela policia britânica na procura de quem o fez e como o faziam. 
Gostei e recomendo.
Sinopse:
Entre 1942 e 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, mergulhadores de combate italianos afundaram ou danificaram catorze navios aliados em Gibraltar e na Baía de Algeciras. Elena Arbués, uma livreira de vinte e sete anos, viúva de um oficial da Marinha espanhola, encontra um desses mergulhadores numa manhã ao passear pela praia. Ele é Teseo Lombardo, um suboficial da Marinha Italiana, e está desmaiado na rebentação. Quando o socorre, Elena não sabe que esse pequeno gesto mudará a sua vida, e que o amor será apenas parte de uma perigosa aventura.
Uma viagem extraordinária através da História e da alma humana, mais uma obra magistral de Arturo Pérez-Reverte.
Boas leituras

Abstrato #D061024

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