Leitura agradável, longa apesar de ser um livro pequeno, somente tem cento e oitenta páginas, e refletiva sobre a sociedade coreana e o consumo excessivo de carne na sociedade e a reação nos membros da sociedade e dos mais próximos dela ronda, não, é violência psicológica e física. Dividido em três partes que demonstram a sequência de vários anos mostrando a relação de Yeong-hye com vários intervenientes após o seu sonho, primeiro com o seu marido e com a família, depois com o cunhado, o artista e a sua obsessão com a mancha de nascença em pele branca, e por último a sua irmã recebe a notícia do desaparecimento da irmã aquando da doença do seu filho e as sua reflexões aquando das visitas ao hospital psiquiátrico
A personagem principal, Yeong-hye, evolui de um pessoa considerada normal dentro da sociedade coreana, para uma pessoa que se torna violenta com o seu próprio corpo ao recusar comer seja o que for, emagrecendo imenso e perdendo vitalidade para depois iniciar a sua viagem pelo ostracismo causado por essa sociedade iniciando com a sua própria família ao acusá-la de não respeitar a tradição e a família por não comer e é posta de parte. Na segunda parte impera o desejo sexual e é bonita, tanto como a imagem desta capa mostra flores lindíssimas e elementos a principio não visíveis mas sangrentos. A terceira parte não se fala dela mas lemos as reflexões da irmã sobre o tema, que Yeong-hye se tornou árvore ou foi se tornando.
Gostei e recomendo.
Sinopse:
Uma combinação fascinante de beleza e horror.
Ela era absolutamente normal. Não era bonita, mas também não era feia. Fazia as coisas sem entusiasmo de maior, mas também nunca reclamava. Deixava o marido viver a sua vida sem sobressaltos, como ele sempre gostara. Até ao dia em que teve um sonho terrível e decidiu tornar-se vegetariana. E esse seu ato de renúncia à carne - que, a princípio, ninguém aceitou ou compreendeu - acabou por desencadear reações extremadas da parte da sua família. Tão extremadas que mudaram radicalmente a vida a vários dos seus membros - o marido, o cunhado, a irmã e, claro, ela própria, que acabou internada numa instituição para doentes mentais. A violência do sonho aliada à violência do real só tornou as coisas piores; e então, além de querer ser vegetariana, ela quis ser puramente vegetal e transformar-se numa árvore. Talvez uma árvore sofra menos do que um ser humano.
Este é um livro admirável sobre sexo e violência - erótico, comovente, incrivelmente corajoso e provocador, original e poético.
Ela era absolutamente normal. Não era bonita, mas também não era feia. Fazia as coisas sem entusiasmo de maior, mas também nunca reclamava. Deixava o marido viver a sua vida sem sobressaltos, como ele sempre gostara. Até ao dia em que teve um sonho terrível e decidiu tornar-se vegetariana. E esse seu ato de renúncia à carne - que, a princípio, ninguém aceitou ou compreendeu - acabou por desencadear reações extremadas da parte da sua família. Tão extremadas que mudaram radicalmente a vida a vários dos seus membros - o marido, o cunhado, a irmã e, claro, ela própria, que acabou internada numa instituição para doentes mentais. A violência do sonho aliada à violência do real só tornou as coisas piores; e então, além de querer ser vegetariana, ela quis ser puramente vegetal e transformar-se numa árvore. Talvez uma árvore sofra menos do que um ser humano.
Este é um livro admirável sobre sexo e violência - erótico, comovente, incrivelmente corajoso e provocador, original e poético.
Boas leituras