Leitura agradável, rápida e contemplativa. Livro contém na realidade quatro histórias, a primeira intitulada Eu sou a lenda (a maior delas todas), a segunda Nascido de homem e mulher, a terceira Presa, e a quarta e última, Perto da morte. O tom em cada uma é sempre de horror/terror, diferente nas suas variadas formas de apoquentar o ser humano. O fim deixa-nos em espanto pela interpretação de um novo ponto de vista, não antes considerado, e ter em atenção que o livro não é recente foi publicado a primeira edição em 1954, e que na altura não haveria tantos dentro deste género e não seria tão bem recebido.
Sobre Eu sou a lenda: Mundo pós-apocalíptico onde existe um único sobrevivente humano e os restantes são uma espécie de vampiros, até mesmo alguns dos animais se tornaram assim, atacando fisicamente de noite procurando por humanos onde cravar o dente, ou meramente instigando a loucura com provocações e simplesmente por rondar perto dos vivos.
História sobre a luta pela sobrevivência de Robert com flashback da vida passada, com a mulher e a filha, um pouco antes da infecção e a acção do vento no sitio onde mora, com o amigo e idas para o trabalho. Vemos uma transformação na personagem mais ou menos a meio, primeiro anda sem eira nem beira, tentando sobreviver mas descarregando na bebida, descurando a sua segurança no interior da casa, notamos alguma depressão e paranóia nas suas acções, e resmungando durante a noite por não conseguir dormir ouvindo o seu amigo a chamar por si e as mulheres a provocá-lo para sair. Depois, quando começa a cuidar realmente de si, da melhor forma física e do seu meio ambiente, a sua casa, fazendo finalmente as transformações que pensou e que lhe dariam mais conforto vemos um homem diferente mais capaz mas solitário na mesma. Relato também do desespero do dia-a-dia na procura de comida durante o dia, em toda a redondeza por supermercados e drogarias, mas principalmente a procura por contacto humano com outros sejam eles pessoas, se as existirem ainda, ou mesmo com um cão. As primeiras partes desta história são mergulhadas mais em desespero na bebida do que qualquer acto mais propicio a sobrevivência sã mas passado algum tempo deixa a bebida e começa a estudar o seu atacante, indo à biblioteca procurar livros sobre ciência e biologia, e passa então a estudar o espécimen em estado real e improvisando soluções.
Uma impiedosa praga assola o mundo, transformando cada homem, mulher e criança do planeta em algo digno dos pesadelos mais sombrios. Nesse cenário pós-apocalíptico, tomado por criaturas da noite sedentas de sangue, Robert Neville pode ser o último homem na Terra. Ele passa seus dias em busca de comida e suprimentos, lutando para manter-se vivo (e são). Mas os infectados espreitam pelas sombras, observando até o menor de seus movimentos, à espera de qualquer passo em falso... Eu sou a lenda, é considerado um dos maiores clássicos do horror e da ficção científica, tendo sido adaptado para o cinema três vezes.
Boas leituras
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