Leitura agradável, que explora a época no final do século XV na cidade de Florença, em que a arte tem um papel importante tanto para a cidade em si como para o seus habitantes, desenvolvendo a arte, nas suas muitas formas, como um atributo de Deus. Conhecemos desde os seus catorze anos a filha, Alessandra, de um comerciante de panos e por reflexo a visão desta cidade com o seu colorido, energia e pessoas. Local idilico para a arte, o luxo e as suas demonstrações de moda mas em que reina ao lado destas a opulência, as formas mais contra-natura da sexualidade e o fanatismo religioso. Conhecemos outros personagens como o marido de Alessandra, o amante do seu irmão Tomaso e igualmente o pintor, Michael Ângelo Buonarrotti, que vem pintar a capela da casa dos pais, primeiro timido e esquivo depois algo mais. Tal pintor é o famoso criador da estátua de David e de outrs pinturas. Mistura ficção com acontecimentos e actos verdadeiros da História.
Gostei, os relatos mostram-nos a visão da cidade ao longo de vários anos, primeiro felizes mas muito reprimida na educação das mulheres, como Alessandra sendo o exemplo daquilo que não se pode fazer e ser, depois conturbada por fanatismo religioso contra a arte, em qualquer forma, perante a palavra de Deus.
Em 1492, Florença é a esplendorosa cidade forjada por Lourenço de Médicis, onde a elegância, a cultura e a arte mais deslumbrantes andam de mãos dadas. Alessandra Cecchi não completou ainda os quinze anos quando o seu pai, um próspero comerciante de tecidos, traz um jovem pintor do Norte da Europa para decorar a capela familiar que possui em Florença. Uma filha do Renascimento, com um espírito precoce e talento para o desenho, Alessandra, apaixona-se pela arte do pintor, e pela sua pessoa.
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