Leitura mais ou menos agradável pois faz-nos pensar no mundo digital e no mundo real, e em como os dois apesar de paralelos não se encontram. As diferenças entre eles seja pelo comportamento dos seus utilizadores ser diferente, pois desejam estar ativos na conta Twitter e poder fazê-lo dizendo as maiores barbaridades mas ser original, os inusitados assuntos sobre orificios traseiros (demonstrando o pior da raça humana) que depois contrasta com as relações humanas onde não saber o que dizer quando se tenta falar com alguém na familia que descobre que o filho tem uma doença Rarissima, aqui o sindroma Proteus. Para aqueles que desconhecem trata-se de uma doença em que ocorre o crescimento desmesurado do corpo, onde poderá encontrar uma criança de 2 anos com alguns dos dedos da mão de tal maneira inchados que parecem pertencer a alguém de 20.
Este livro primeiro desorienta-nos com a forma célere de escrever como se num feed do twitter se trata-se, o que visualmente não seria tão mau mas ler é outra história. O anonimato da personagem principal também não ajuda (mas é mesmo assim) pois não tem nome mencionada como "she" ou "her", sabemos que é uma celebridade, que dá palestras nacionais e internacionais, que viaja para outros países, e além do obvio estar contantemente online respondendo a vários e variados post sobre o próprio The Portal (=a internet em si) ou sobre o Ditador (neste caso referência a Trump como presidente dos EUA), ou sobre isto e aquilo.
Depois o aparecimento da doença e com ela o afastamento da vida on-line e as relações interpessoais com pessoas da familia, em silêncio, pois não sabe o que dizer nesta situação (quem saberia), sentindo-se deslocada do mundo e da situação.
Gostei mas dá pano para mangas indo verificar só a parte linguística das novas palavras criadas com o aparecimento da vida social digital em programas como o twitter. Acho que as minhas professoras de literatura iriam adorar dar aos alunos um livro assim para analisar.
Sinopse:
A book that asks: Is there life after the internet?As this urgent, genre-defying book opens, a woman who has recently been elevated to prominence for her social media posts travels around the world to meet her adoring fans. She is overwhelmed by navigating the new language and etiquette of what she terms "the portal," where she grapples with an unshakable conviction that a vast chorus of voices is now dictating her thoughts. When existential threats—from climate change and economic precariousness to the rise of an unnamed dictator and an epidemic of loneliness—begin to loom, she posts her way deeper into the portal's void. An avalanche of images, details, and references accumulate to form a landscape that is post-sense, post-irony, post-everything. "Are we in hell?" the people of the portal ask themselves. "Are we all just going to keep doing this until we die?"Suddenly, two texts from her mother pierce the fray: "Something has gone wrong," and "How soon can you get here?" As real life and its stakes collide with the increasingly absurd antics of the portal, the woman confronts a world that seems to contain both an abundance of proof that there is goodness, empathy, and justice in the universe, and a deluge of evidence to the contrary.Fragmentary and omniscient, incisive and sincere, No One Is Talking About This is at once a love letter to the endless scroll and a profound, modern meditation on love, language, and human connection from a singular voice in American literature.
Boas leituras
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