Leitura agradável, com um passar lento, e algo divertida pois a cada início de um capítulo temos uma pequena mezinha com os ingredientes mais extraordinários, incluindo plantas, como a beladonna, com metais, como o ouro, e outros ainda fora do alcance da nossa imaginação de tão espatafurdios que parecem por estar ali. Relatos de charlatões e mulheres da vida, abundantes descrições da falta de saneamento básico e da pouca higiene no dia-a-dia no século XVIII bem como as crenças religiosas nas mezinhas e outras patranhices existentes baseadas na falta de poder económico para ir ao médico.
Passado em duas cidades: Veneza e Londres, com dois tempos, o seu inicio com o fim da adolecência de Catarina Vernier, filha de aristocráticas venezianos, remetida para um convento, por comportamentos indevidos e a altura atual, de 1785, numa peça de teatro, com a atuação de Mimosina.
Sinopse:
Numa noite inesquecível de 1785, num famoso teatro londrino, a alquimia do amor e da morte funde subitamente as vidas de uma actriz veneziana e de um aristocrata inglês. Mas nenhum deles é quem aparenta ser. Ela é uma espia ao serviço de Veneza, ele, o maior charlatão de Londres. Segredos perigosos e mentiras elaboradas cedo empurram os dois amantes em direcções opostas, desesperados em saber a verdade um sobre o outro, mas também sobre si próprios. É um tempo de remédios fabulosos – excremento de pavão e pó de ouro são considerados tão eficazes quanto serpentes esmagadas – e os amantes procuram um bálsamo para aplacar todas as doenças, todas as feridas do amor. A sua busca leva-os das ruelas mais obscuras de Londres à enigmática Veneza. Uma dança entre teatros e bordéis, boticários e conventos, onde o par pode ser um fidalgo, um espião ou um assassino.
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