segunda-feira, 30 de maio de 2022

Felicidade de Will Ferguson

Leitura agradável, ás vezes cómica e hilariante outras vezes surpreendentemente precisa sobre a natureza humana, demonstrando que a forma escolhida para ver a vida conduz-nos invariávelmente a felicidade, quer sejamos consciente dela ou não. 
O inicio da história mostra igualmente vários tipos de felicidade, antes da chegada de Tupak Soiree e da sua Felicidade registada, em personagens como Edwin de Valu (o editor), Jack MacGreary (o autor do livro sensação), Sr. Mead (o gerente da Panderic Books Incorporated), o Harry Lopez (o actor personificando Tupak), o Sr. Ética (o autor da anterior moda que vai para a prisão), e o colega de Edwin. Lemos igualmente sobre o mundo editorial e as suas pequenas rivalidades, e o modo traiçoeiro de despachar possíveis livros e autores, para outras editoras. Depois aparece a parte da fição onde somos confrontados com a existência de falta de vontade de procurar algo pois somos felizes, e apáticos, e iguais a todos os outros sem ideias novas ou variaveis.
Sinopse:
Qual é a ligação entre cartéis de droga, álcool e tabaco e Edwin de Valu, o enfadonho e nervoso funcionário de segunda da editora americana Panderic Press?
Porque é que a violência desapareceu das ruas, os centros de desintoxicação estão às moscas e o MacDonalds serve alfafa?
Como é que toda a gente parece tão estuporadamente feliz?
E, acima de tudo, quem, ou melhor, o que é Tupak Soiree?
Quando um volumoso manuscrito de auto-ajuda aterra na secretária de Edwin, o seu destino parece ser o caixote do lixo. O cinismo de Edwin relativamente a livros de auto-ajuda, associado ao seu estado de espírito nessa mesma manhã, resulta na recusa da publicação do livro O que Aprendi na Montanha, de Tupak Soiree. Todavia, o problema é que aquele trambolho é único e absolutamente incomparável – é um livro de auto-ajuda que funciona verdadeiramente – e, antes mesmo de Edwin se aperceber, dá-se início a uma cadeia de acontecimentos que terá consequências dramáticas não apenas para a sua própria vida mas também para o mundo em geral. É de facto o fim do mundo tal como o conhecemos.
O primeiro livro de Ferguson é uma obra-prima de ficção cómica, um livro imprescindível para quem se engasgou com o célebre manual de auto-ajuda Canja de Galinha para a Alma.
Boas leituras

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