Os Távoras: Entre a virtude e o pecado de Maria João Fialho Gouveia

Leitura agradável, centrada no período anterior e posterior ao terromoto de 1755 e envolvendo a casa dos Távoras com a perseguição efetuada pelo Marquês de Pombal a esta familia, e suas ramificações por casamentos e amizades. Ficção tomando eventos reais mas dando-lhe uma corzinha.

Existe uma dicotomia de comportamentos ilustrado nas duas senhoras que são alvo de exploração pelo autor mas mesmo isso não permite que escape ao que aí vem. Dona Mariana Bernarda é uma senhora religiosa e casta e apesar de jogar, passear, e de ser governada pelo bom senso em quase tudo o que faz se penitencie demasiado, e não erá poupada as perdas pelo Marquês.

Por outro lado Dona Teresa Tomásia, casada, adúltera com o rei de portugal, bon vivant se tal existisse para as mulheres pois desfruta dos namoricos em que se envolve, do cabeleirro ao alfaiate e de tudo um pouco o que existe na vida, mas não sem ter os seus revezes.

Gostei.

Sinopse:

Esta é a história da nobre família Távora, aqui contada na voz de Dona Mariana Bernarda e Dona Teresa Tomásia, duas senhoras desta ilustre Casa, que viveram em fausto e glória até o futuro marquês de Pombal tentar apagar a sua semente da face da Terra.

Apesar de unidas pelo sangue e pela vaidade da sua estirpe, as duas fidalgas não podiam ser mais diferentes uma da outra. A primeira era uma mulher religiosa e recta; já a segunda - sua tia e cunhada - entregava-se sem pruridos a uma vida de luxúria, vivendo um romance pecaminoso com El-rei de Portugal.

A altivez e o poder dos grandes Távoras muito incomodavam a Sebastião José de Carvalho e Melo, Secretário de Estado. Tanto que, quando D. José I é vítima de um intrigante atentado, Sebastião José, futuro marquês de Pombal, tratou de os inculpar, prendendo-os em masmorras e conventos, sem poupar mulheres nem crianças.

Boas leituras

Rise & Shine

 

Enjoy your next adventure in life

 

Fly with the wind

 

I do not fail, I succeed in finding what doesn't work

 

Blue smoke de Nora Roberts

Leitura agradável, que encerra vários anos da personagem principal, desde os seus 12 anos, com o acontecimento trágico que ocorreu, até a idade adulta e madura onde a encontramos a tentar juntar as peças do puzzle para ajudar as vitimas envolvidas. Seguindo o percurso da investigação criminal desde tenra idade com a ajuda do amigo John Minger, o investigador do caso incêdio na pizzaria Sirico, preparando-se ao longo dos anos para estas situações e um futuro dificil como investigadora de crimes incendiários. 

Temos perspectivas de várias personagens diferentes desde Reena, como criança, como investigadora e como parceira em relações amorosas/amante, de Bo ao longo dos vários avistamentos de Reena, do incendiário Joey Pastorelli e o seu consumo do fogo, a forma de pensar enquanto faz de peeping Tom.

Catarina Hale, aka Reena,  de descendência italiana, é considerada como a menina do papá e a filha inteligente apesar de ela preferir a elegância e a graciosidade de Fran, mas não se pode ter tudo.

Gostei do conceito "dream girl" de Bowen Goodnight, o futuro da heróina, e lamento a demora em juntarmos o casal, mas acho que deu o seu quê de engraçado a história, e era mais um ponto do enredo a considerar.

Gostei.

Sinopse:

Reena Hale grew up with an intimate knowledge of the destructive power of fire. When she was a child, her family's restaurant was burned to the ground, and the man responsible was sent to jail. The Hale family banded together to rebuild, and Reena found her life's calling. She became an arson investigator.

Boas leituras

A menina e a gata de Mala Kacenberg

Leitura pouco agradável, que nos faz pensar e triste, demonstrando o poder da natureza humana em conseguir realizar as maiores crueldades mas igualmente a coragem de outros, poucos, em ajudar.  Não tem cenas sangrentas mas muita ansiedade e desespero, de alguém impotente para se ajduar a si e aos seus.

Atribui a sua salvação à gata Malach, considerando-a como um anjo/mensageiro, que a acompanhou na maior parte dos percursos que fez pela zona de residência de Tarnogród, na Polónia, e que lembra que não viu a gata comer ou beber quando a acompanhava, atribuindo-lhe características de um anjo em hebraico, falando das técnicas que utilizou para sobreviver e a forma como as implementou até entrar como empregada no hotel. Neste último somente aguardando pelo desenrolar do dia-a-dia e imaginando-se a causar danos aos nazis.

Sinopse:

Tendo crescido na pequena cidade polaca de Tarnogród, nas imediações de uma densa floresta, Mala Szorer teve uma infância feliz e despreocupada no seio de uma família judaica. Mas aos 12 anos, com a invasão alemã, a sua cidade torna-se um gueto e a sua família e amigos são reduzidos à pobreza extrema e à fome. Mala decide resolver o problema sozinha: corajosamente, arranca a sua estrela amarela e arrisca a vida ao fugir para as aldeias vizinhas para tentar obter comida.

No caminho de regresso, assiste à deportação dos seus entes mais queridos. Para sobreviver, Mala afasta-se de tudo aquilo que ama e vai viver sozinha na floresta, escondendo-se dos nazis e dos aldeões hostis. Mala é seguida pela sua gata, que a acompanha e parece vir em seu socorro - milagrosamente - uma e outra vez. Malach, a gata, torna-se a sua família e o seu único refúgio na solidão, um guia e uma luz para manter a esperança, mesmo perante a mais insondável escuridão.

Boas leituras

Frases indiscutivelmente verdadeiras

  "Estava tão só que comcei a pensar que a gata, com os seus olhos doces, olhava por mim como se compreendesse o meu sofrimento. Chamei-lhe Malach, que significa anjo em hebraico, e imaginei que ela era um verdadeiro anjo que olhava por mim. Eu não merecia um verdadero, isso era algo que eu sabia. No entanto, estava contente por ela me seguir. Lamentava muito não ter comida para ela. Temia que ela não sobrevivesse, mas ela parecia prosperar sem minha ajuda."

in Kacenberg, Mala (2022). A menina e a gata. Bertrand Editora, Maia.  Pág. 37

I'm not sarcastic I 'm just me

 

Não é bem namorar de Catherine Bybee

Leitura agradável, rápida e leve, um enredo pouco complicado para ler entre outros mais complexos. Inicia a trama com as falsas aparências de Jack, entre os seu melhores amigos num bar para a despedida de solteiro de Dean (que no fim não se casa), e abordando a empregada do bar, Jessica, tenta por algo mais e ela que vendo a pick-up velha e bem estimada pensa logo mal do rapaz :) 

Jessica por seu lado, pensa no filho Danny, e em que nada de duradouro deverá manter com o sexo masculino para não gerar nele falsas expectativas, mas uma coisa puxa a outra e quando dá por si já se encontraram várias vezes por esta ou aquela razão e o seu filho pergunta pelo amigo Jack.

Sinopse:

Jessica, empregada de mesa e mãe solteira, é uma mulher prática e cautelosa. O seu foco é o filho e não quer namorados. A menos que fosse um homem rico, que pudesse dar estabilidade e conforto à família. Quando lhe aparece Jack Morrison, um bonitão de cair para o lado mas que parece andar sempre falido, Jessica resiste.

Na verdade, herdeiro de um hotel de luxo, Morrison está habituado a que se aproveitem de si. Por isso esconde a sua identidade e oferece-se para ajudar Jessie a encontrar um namorado rico.

Mas será que esta brincadeira parva o vai fazer perder a mulher que ama?

Boas leituras

Recognize that the other person is you

 

Be silly, be you

 

 

#D100622

Antes que o café arrefeça (Before the Coffee Gets Cold #1) de Toshikazu Kawaguchi

Poderiamos pensar que beber um café não daria tempo suficiente para colocar a cabeça em ordem quanto mais voltar atrás no tempo que é a premissa deste livro. Pouco é dado sobre o tema, viagens no tempo, salvo as regras existentes que têm de ser seguidas e a impossibilidade de alterar o presente ao ir visitar o passado, com temas envolvendo a vida de várias mulheres e o seu papel na sociedade.

Leitura agradável, rápida mas simples e leve, sem muita elaboração no enredo mas emocional. Fica por resolver a questão de Kazu, não presente no futuro, e a sua intima relação com a mulher de branco. E o facto de não aparecer no futuro, mais ou menos próximo, como trabalhando no café.

Gostei.

Sinopse:

O que faria se pudesse voltar atrás no tempo?

Um romance tocante e inspirador.

Um rumor circula por Tóquio. Escondido num pequeno beco da cidade, dentro de uma cave, há um café com mais de cem anos. Com uma chávena bem quente, se nos sentarmos no lugar certo, oferecem-nos algo mais: a hipótese de voltar ao passado. Em Antes Que o Café Arrefeça, acompanhamos as viagens de quatro mulheres que procuram regressar a momentos determinantes das suas vidas para os mudar: falar com o namorado que partiu, ler a carta do marido com Alzheimer, ver a irmã pela última vez e conhecer a filha que nunca viu. Mas as viagens no tempo têm condições e riscos… e nada do que façam vai alterar o presente.

Uma mesa, um café e uma decisão.

Uma história sobre o amor, o tempo perdido e as oportunidades que o futuro nos reserva.

Boas leituras

Coração nebuloso em lágrimas

 

Estação de comboio de Entrecampos - Lisboa, 1º piso café

Com o cappuccion que caiu que nem ginjas, estava a precisar.