Leitura agradável e rápida, que retrata uma vida inteira tanto nos seus dissabores pessoais como em acontecimentos globais, quer passassem pelo seu país sem nome, ou não. Contado numa longa carta ao seu neto, Camilo, Violeta fala de tudo o que lhe aconteceu na vida seja bom ou mau, e tem bastante para contar pois nasceu em 1920, durante a peste espanhola, e faleceria em 2020, aquando da pandemia.
Violeta é a personagem principal e conhecemos-a com 8 anos de idade, proveniente de uma familia nobre e abastada, habituada a ter o que deseja, vivendo no casarão secular da familia que perderá a fortuna recomeçando em casa de amigos. Por outro lado vêmos Violeta fazendo birras e a levar a sua avante, a necessitar desesperadamente de uma perceptora inglesa, que estabelecesse limites que a mãe, e tias, não fazem ou não conseguem. Ao atingir a maioridade casa-se apesar dos avisos da familia, homem abusivo, separa-se contra a vontade da familia, vai trabalhar com o irmão mais velho nas construções de casas de madeira, e noutras oportunidades que encontra enriquecendo, encontra um amante ainda casada e sem um tostão que possa chamar seu, com dois filhos do amante, onde os vê um a afastar-se do pai por incomptabilidades políticas ou morais e a outra a segui-lo caindo na prostituição e na droga.
Vivemos um século de crescimento e alterações em Violeta: desde uma menina mimada, a uma senhora sensual e dona do seu nariz, passando por uma mulher pragmática e profissional, até matrona, criando um neto, e ajudando em causas sociais.
O país sem nome tem muitas das características geográficas e geopoliticas que passaram pelo Chile, de onde provém a autora e se calhar, esta história serve como uma relativa memória.
Gostei.
Sinopse:
Violeta del Valle é a primeira rapariga numa família de cinco irmãos truculentos. Nasce num dia de tempestade, em 1920, quando ainda se sentem os efeitos devastadores da Grande Guerra e a gripe espanhola chega ao seu país natal, na América do Sul.Graças à ação determinada do pai, a família sairá incólume desta crise, apenas para ter de enfrentar uma outra: a Grande Depressão. A elegante vida urbana que Violeta conhecia até então muda drasticamente. Os Del Valle são forçados a viver numa região selvagem e remota, onde Violeta atinge a maioridade e viverá o primeiro amor.Décadas depois, numa longa carta dirigida ao seu companheiro espiritual, o mais profundo amor da sua longa existência, Violeta relembra desgostos amorosos e apaixonadas relações, momentos de pobreza e de prosperidade, perdas terríveis e alegrias imensas. A sua vida será moldada por alguns dos momentos mais importantes da História: a luta pelos direitos da mulher, a ascensão e queda de tiranos, os ecos longínquos da Segunda Guerra MundialContado a partir do olhar de uma mulher determinada, de paixões intensas, com uma vida plena de sobressaltos, Violeta é um romance épico, inspirador e emotivo, ao melhor estilo de Isabel Allende.
Boas leituras
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