domingo, 10 de julho de 2022

A Ilha dos Desencontros de Anita Shreve

   Leitura soturna e triste, e ainda bem que é curta pois só existe tragédias. Centrada em dois tempos: o primeiro o tempo atual com Jean e a respectiva familia num barco de visita as Ilhas Shoals, em particular a pequenissima ilha de Smuttynose, para a realização de um trabalho fotográfico do assassinio de duas mulheres no ano de 1873. Está acompanhado pelo marido, Thomas, e a filha, Billie, bem como o cunhado, Rich, e a sua nova namorada, Adaline, e depois o diário de Maren Hontve, a única sobrevivente da trágédia e emigrante norueguesa de um pescador, com o relato do que fez, talvez em jeito de absolvição talvez um pecado relatado, ou talvez ainda um possibilidade pois tais crimes não foram até a data solucionados.

O local dos homicidios exerce muita influência nas emoções de cada personagem, devido a sua pequenez mas igualmente ao clima constante de sobrevivência de então e de agora, trazendo a tragédia de então para o presente Alterando a conduta normal das personagens, é algo inquietante: Adaline namorisca com o marido Thomas, Jean descobre que seu cunhado Rich a deseja e oferece-se, Billie angustia a mãe ao perguntar se Adaline irá viver com eles aumentando as suspeitas de Jean de que o marido tem um caso, Thomas ostraciza-se para beber, isto no tempo presente. No passado: Maren e marido sobrevivem na ilha pesacndo mas é uma vida dura e para Maren de contínuo trabalho doméstico, Maren não aguenta as criticas da sua irmã Karen sobre tudo e mais alguma coisa, Anethe é assediada por Lois Wagner mas somente conta a Maren, Maren sente a falta do irmão Ewan, Anethe ajuda Maren a entrar no mundo do afecto e é descoberta por Karen que considera a irmã como impura, confirmando as suas suspeitas.

Sinopse:
A pergunta é feita por Jean, uma fotógrafa, que em 1995 chega à ilha de Smuttynose, ao largo da costa do Maine, para fazer uma reportagem sobre um crime que aí teve lugar cem anos antes. Com ela viajam o marido, a filha de cinco anos, o cunhado e a respectiva namorada.
À medida que vai mergulhando nos detalhes daquele acontecimento - um caso de paixão que resultou na morte de duas mulheres -, ela própria entra num terreno perigoso, dominada por emoções contraditórias. A suspeita de que o marido tem um caso desencadeia um ciúme incontrolável e uma desconfiança que acabam por levar Jean ao limite das suas emoções e a comportamentos de que nem ela própria suspeitava ser capaz.
Em A Ilha dos Desencontros, Anita Shreve, baseando-se num facto real - o assassínio de duas mulheres que ainda hoje continua por desvendar -, leva-nos através de uma viagem inesquecível até aos limites mais extremos da alma humana.
Boas leituras

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