sábado, 29 de agosto de 2020

Murmúrios Chineses de Maurice Leitch

Leitura agradável e rápida, pois o livro não é muito grande, mas sobretudo que leva a reflexão sobre a motivação das pessoas para fazer alguns actos, sobre a dinâmica de grupo e as diferentes camadas que se podem encontrar em cada elemento que dela faz parte.
Temos a personagem Kenny que após a perda da mãe dedica-se a cuidar de outras pessoas, idosos ou doentes mentais ou pessoas com instabildiades mentais impossibilitadas de um funcionamento normal em sociedade, morando mesmo no recinto numa pequena Tiny House ligeiramente afastada do asilo. Kenny é retratando de uma forma inocente, ingénuo, com receio das outras pessoas, alguns colegas e pacientes causam-lhe aversão e horror, ficando nos, os leitores, na dúvida se ele é paciente ou empregado no asilo. Kenny tem uma relação de igualdade para com o seu "grupo de sala" não os tratando como adultos, reconhecendo as suas fraquezas e medos, mas tendo para com eles alguns comportamentos adultos responsabilizando-os pelos seus actos e exigindo interação entre todos aquando dos jogos que fazem.
Com a chegada de outra pessoa a dinâmica entre os vários elementos muda passando Kenny a ser excluído do seu grupo mas como empregado do asilo tem de manter a coordenação do grupo nas actividades interiores ou exteriores e monitorizar essas actividades. Apercebe-se mais rapidamente das circunstâncias em causa e mais depressa chega a conclusões do que os restante, assumindo assim o lado protector cuidadndo de quase todos.
Sinopse:
A escrita de Maurice Leitch associa força e fragilidade. Os seus personagens nunca se afastam da realidade. O seu confronto com ela questiona-nos permanentemente. O hospital psiquiátrico deste livro pode ser visto como uma metáfora dos terrores locais na Irlanda do Norte. Mas que representará o jogo dos Murmúrios Chineses?
Boas leituras

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