Leitura agradável e no inicio com reticências da minha parte pela ideia que eu fiz da história mas não mal tratado este tema, muito pelo contrário somos captados primeiro pelas descrições do país, Austrália, mas igualmente pela forma talentosa como descreve na década de 70 a forma de olhar para as pessoas com deficiência mental. Ressalvo que já existiu várias evoluções neste aspecto e temos novas designações que não são tão pejorativas, "retardado", para as pessoas com deficiências. Aqui existe o tema, várias vezes utilizado pela autora, de amores improváveis com vários desafios impostos pelas circunstâncias e visto pela sociedade com um problema mas referindo a visão positiva que Tim demonstra na sua vida, ao aproveitar o que vida lhe traz seja uma boa experiência ou não.
As personagens principais são o futuro casal constituído por Mary e Tim em que eles vão encontrar várias situações primeiro caricatas para eles mas depois levam a tomadas de decisão difíceis e complicadas. A ter em conta que Tim primeiro tem de ter explicado a priori o que tal situação acarreta e o que pode acontecer, isto por norma é feito por Mary ao longo da história e conforme vão acontecendo, pois os pais são incapazes de tocar em certos assuntos, como forma de ignorância abençoada e de não incutir pensamentos negativos por algo que ele nem sabe o que é, e ao mesmo tempo protegendo-o da maldade das pessoas na sua envolvência.
Adorei.
Sinopse:
Num bairro acomodado de Sydney, Austrália, um grupo de operários trabalham na casa ao lado da de Mary Horton, uma mulher madura e solteira, cuja vida tem sido basicamente dedicada ao trabalho. Quando o seu olhar encontra entre os pedreiros Tim Melville, um jovem de perturbadora beleza e sorriso resplandescente, que padece de uma deficiência mental, Mary pede-lhe que se encarregue do seu jardim e acaba por desenvolver uma profunda amizade com o jovem adónis. Uma relação que modificará ambos, já que a luz interior dele acabará por regenerar a sua vida, e a sua sabedoria despertará nele um desejo de melhoria pessoal.
Boas leituras
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