terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

A virgem das amêndoas, de Marina Fiorato

Leitura agradável e com parte de história ficconada, o que poderia acontecer caso existisse. Contêm uma trama bem urdida sobre os encontros e desencontros em sociedade de um casal da nobreza, com pouco conhecimento real da vida e vários acontecimentos históricos da época e personagens para lhe dar cor.
Conhecemos um jovem pintor, de nome Luini, talentoso e mulherengo que trabalha para Leonardo da Vinci, e é propício a encontrar problemas com os maridos das mulheres que encanta. A última destas aventuras causa a sua saída da cidade a caminho de um novo trabalho de pintura, fugindo de um abastado senhor que deseja a cabeça de Luini num tabuleiro, de preferência separada do resto do corpo. Leonardo considerava-o um talentoso pintor em tudo o que punha as mãos mas sem alma no que pintava.
E conhecemos Simonetta, nobre que casou recentemente com outro nobre, e se apaixonou por ele perdidamente mas a guerra despoleta e ele tem de ir para a guerra. Lá a primeira experiência com alcabuzes faz com que caia e não se levante. A partir daí Simonetta necessita de ajudar para conseguir sobreviver visto que já não tem familia e a riqueza existentes gastou-se. Espera pela sua volta e desespera. Mulher que luta de todas as formas que consegue e encontra amigos nos sitios mais inusitados para conseguir sobreviver e encontrar o seu verdadeiro amor.
 Gostei.
Sinopse:
Na Itália do século XVI, o jovem pintor Bernardino Luini, discípulo favorito do mestre Leonardo da Vinci, é encarregado de pintar um fresco religioso na igreja de Saronno, uma pequena localidade nas colinas da Lombardia. Ao entrar na igreja, a sua atenção é captada pela beleza e pela melancolia da jovem Simonetta, viúva de um poderoso senhor feudal morto em combate.
Sozinha e a ver a sua fortuna desaparecer até não restar nada mais a não ser as amendoeiras da sua villa, Simonetta acede a posar como modelo para Luini, que a imortalizará para sempre nos frescos da igreja como a Virgem di Saronno. À medida que o trabalho progride, artista e modelo apaixonam-se, selando o sentimento com um beijo que escandalizará a Igreja.
À genialidade com que Bernardino imortalizará a sua musa, Simonetta retribui com a criação da sua própria obra de arte: um licor especial fabricado com o fruto das suas amendoeiras. O licor ficará conhecido, até aos dias de hoje, como o famoso Amaretto di Saronno.
Contudo, antes de ambos completarem as suas obras, a relação é fortemente abalada por um acontecimento que porá em perigo aquele amor. E as suas vidas.
Boas leituras

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