sábado, 18 de abril de 2020

A Vendedora de Azevinho de Dilly Court

Leitura agradável e rápida, não é um clássico a guardar mas uns momentos de leitura bem passados. 
Início lento com a introdução do aparecimento da menina na Rua Angel, em Londres, e um relance nos primeiros anos com a família adoptiva, mesmo aqui conseguimos perceber a existência na época de certas rivalidades entre pessoas que se encontram em contacto com a família. Após a morte do pai adoptivo e o consequente afastamento da mãe por Mr. Galloway, o solicitador, aparece a primeira reviravolta em que Angel foge da casa de órfãos para viver na rua, sendo esta mais aprazível do que a anterior. Angel tenta procurar pela mãe adoptiva mas tudo parece estar contra ela apesar de encontrar alguns bons amigos pelo caminho, o mesmo não parece fácil.
Pensa ter encontrado o amor com o filho mais velho, Hector Devane, da segunda família adoptiva, mas estava equivocada pelo bom aspecto, folha militar imaculada, e boas maneiras do suposto pretendente. A irmã Susannah faz-lhe a vida miserável em cada oportunidade que consegue mas os outros dois irmãos apoiam-na e tentam sempre manter a cabeça fria na situação em causa, o de tentar salvaguardar o património da família Devane das mãos dos advogados e solicitadores. 
Livro com história passada no principio do século 19, em meados de 1800, que se foca num pequeno grupo de pessoas que vendiam pequenas coisas nas ruas para sua subsistência, uma vida por norma curta e cheia de preocupações para a classe mais baixa sem qualquer educação e considerada sem maneiras. Contêm várias voltas e reviravoltas, com uma trama bem urdida que não conseguimos sequer deslindar onde irá dar, colocando-nos sempre no caminho possível errado. Com um final feliz e com o espírito natalício em presença demonstrando a caridade para com os outros, e o amor pelo próximo mas igualmente a glutonia aliada a ganância e a malvadeza.
Sinopse:
É Véspera de Natal. O vento faz rodopiar a neve sobre as ruas de Londres. À porta de uma casa em Angel Lane, uma bebé abandonada, embrulhada numa manta, aguarda a sua sorte…
Angel, cujo nome se deve à rua onde é encontrada, parece destinada a ter uma vida miserável. Embora seja acolhida numa casa cheia de amor, um cruel golpe do Destino atira-a novamente para as ruas da cidade, onde todos os dias luta para sobreviver.
E agora que o Inverno se aproxima, Angel treme de frio enquanto tenta vender azevinho a quem passa, na esperança de que alguém se compadeça dela. Podia estar mais confortável, pois possui uma joia valiosa - um anel de ouro e rubi que vinha escondido na sua manta de bebé - mas prefere morrer à fome a abdicar do único laço que a prende às suas misteriosas origens …
Boas leituras

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