segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Primeiro Romance de Mazarine Pingeot

Leitura agradável, passada no tempo presente mas com alguns flashbacks ao tempo passado nomeadamente à vida com o irmão gémeo e a relação dos pais entre si e com os filhos. História que demonstra as vivências de uma elite intelectual boémia situada em França onde existem festas, festas com amigos com orgias e com consumo de droga, com amigos que caiem e ninguém repara ou ajuda mas igualmente liberdade para se fazer o que se quiser sem magoar o outro. 
A personagem principal, Agathe, tem uma vida apaixonada tanto pela cultura, trabalho académico como pela comida e bebida mas igualmente com os seus desejos. Deseja dois homens, Victor namorado liberal e Hadrien, amigo de infância ingénuo e fechado nos eu casulo emocional e sensual. 
Igualmente desenvolvida é a relação filha-pai, talvez por uma perda tão cedo na vida de ambos, do irmão gémeo, que fortaleceu a união emocional entre ambos, como pela forma como se manifesta juntos mas em silêncio. Apoiando-se na presença mesmo que não aprove dos actos em si, como o campeonato de equitação que Agathe concoreu e se aleijou. Talvez aqui a experiência da autora reflita momentos seus, como foi escrito e muito na altura da primeira publicação desta história. Reflexo consciente ou insconsciente só a autora o poderá dizer.
Sinopse:
Agathe é uma jovem parisiense licenciada em Filosofia que rege a sua vida pela mais completa liberdade. Ela e o seu amigo Victor, com quem vive, formam o núcleo de um pequeno grupo boémio, uma elite intelectual oriunda de diversas camadas sociais. Os dois cultivam a paixão de criarem novos mundos e de inventarem novas regras; mas se Agathe consegue  impor às suas paixões um rigido código de honra, já Victor se sente dilacerado entre o amor por Agathee o amor por Susanna, uma mulher mais velha, casada e com filhos, que conheceu em Londres. Uma mulher por quem Agathe, finalmente, será ela própria seduzida, só então descobrindo, numa espécie de passagem da adolescência para a maturidade, que é impossível ser-se fiel e livre ao mesmo tempo.
Boas leituras

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