Leitura agradável, rápida, com curvas e contracurvas no enredo, muito interessante do ponto de vista das descrições do Alasca, com as suas paisagens agrestes e o modo de vida frugal da família Allbright na comunidade existente. Relatos de imensas dificuldades a ultrapassar e ultrapassadas na vida de Lenora, a personagem principal desta história, com uma visão do mundo atual desencadeado pela instabilidade no mundo da altura em que viviam, aqui falamos da década de 70 do século passado.
Conhecemos Lenora nas variadas facetas de crescimento, iniciando a sua história com 13 anos, aqui vemos o começo da perda da sua inocência, na sua visão em família, com os problemas existentes em seu seio, e do mundo em redor que vão acutilando os problemas de casa. Lemos a evolução de criança, perdida entre pai e mãe e a sua relação conturbada, para mulher adulta, capaz de amar o pai mas com receio dele, a aprender a gostar de alguém e a vê-lo as escondidas, pois o seu amor não é bem visto pelo pai. Consegue-se perceber a relação da mãe com o seu marido, e os seus círculos, apesar de não compreender o apego da mãe pelo seu marido e as tareias que leva vemos as consequências de tais atitudes em nada alteram o amor um pelo outro mas a mãe afasta-se dele devido a filha, e de maneira a ela conseguir sobreviver no mundo. Depois adulta, e com a morte da mãe, Lenora deseja estar bem consigo própria e o seu filho, voltando para a terra do Alasca para se confessar e contar o crime feito sendo presa mas redimida e de volta ao seu amor.
Gostei.
Sinopse:
1974, Alasca. Indómito. Imprevisível. E para uma família em crise, a prova definitiva. Ernt Allbright regressa da Guerra do Vietname transformado num homem diferente e vulnerável. Incapaz de manter um emprego, toma uma decisão impulsiva: toda a família deverá encetar uma nova vida no selvagem Alasca, a última fronteira, onde viverão fora do sistema. Com apenas 13 anos, a filha Leni é apanhada na apaixonada e tumultuosa relação dos pais, mas tem esperança de que uma nova terra proporcione um futuro melhor à sua família. Está ansiosa por encontrar o seu lugar no mundo. A mãe, Cora, está disposta a tudo pelo homem que ama, mesmo que isso signifique segui-lo numa aventura no desconhecido. Inicialmente, o Alasca parece ser uma boa opção. Num recanto selvagem e remoto, encontram uma comunidade autónoma, constituída por homens fortes e mulheres ainda mais fortes. Os longos dias de verão e a generosidade dos habitantes locais compensam a inexperiência e os recursos cada vez mais limitados dos Allbright.
À medida que o inverno se aproxima e que a escuridão cai sobre o Alasca, o frágil estado mental de Ernt deteriora-se e a família começa a quebrar. Os perigos exteriores rapidamente se desvanecem quando comparados com as ameaças internas. Na sua pequena cabana, coberta de neve, Leni e a mãe aprendem uma verdade terrível: estão sozinhas. Na natureza, não há ninguém que as possa salvar, a não ser elas mesmas. Neste retrato inesquecível da fragilidade e da resiliência humana, Kristin Hannah revela o carácter indomável do moderno pioneiro americano e o espírito de um Alasca que se dissipa - um lugar de beleza e perigo incomparáveis. A Grande Solidão é uma história ousada e magnífica sobre o amor e a perda, a luta pela sobrevivência e a rudeza que existe tanto no homem como na natureza.
Boas leituras
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