quinta-feira, 27 de junho de 2024

A Quiet Place: Day One |


A juntar a uma visão do fim do mundo mundial, e como o conhecemos devido a uma invasão extraterrestre, temos a visão de fim de mundo de uma doente com cancro, com a ultrapassagem dos dias contados, não tenta fugir da ilha mas sim reviver as coisas boas ao longo da sua vida e recordá-las uma vez mais.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

A ilha de Victoria Hislop

Leitura fluida, com dois tempos passados na história: o tempo atual em que Alexis, a bisneta, está de férias e fala com a amiga da família para conhecer a sua história familiar na ilha de Creta, infelizmente intimamente ligada a doença de Hansen, lepra. E o outro tempo, contado pelos olhos de uma criança que viu todo o processo ao longo da sua vida, começa com a professora Eleni, bisavó de Alexis, que foi a primeira da família a ser enviada para ilha Espinalonga com um rapaz também diagnosticado com lepra na altura, com relatos do dia-a-dia da avó, trazidos pelo marido Giorgis, barqueiro de profissão, e as diferenças criadas na educação das crianças que lá residiam por ela.
Como a viagem de férias de Alexis nas ilhas gregas, com o namorado, se torna numa viagem de descoberta, para conhecer a mãe, sua família e amigos deles, e as raízes que desconhecia refletem aquilo que não notava que faltava na sua relação amorosa, deixando depois o namorado, mas igualmente falando e contando a história da ilha nos últimos setenta anos com o tipo de vida de pesador e de aldeia antes da segunda guerra mundial, a ocupação nazi na aldeia e o receio da ilha pelos alemães, os rebeldes durante a guerra.

Sinopse:
Num momento em que tem que tomar uma decisão que pode mudar a sua vida, Alexis Fieldings está determinada a descobrir o passado da sua mãe. Mas Sofia nunca falou sobre ele, apenas contou que cresceu numa pequena aldeia em Creta antes de se mudar para Londres. Quando Alexis decide visitar Creta, a sua mãe dá-lhe uma carta para entregar a uma velha amiga e promete que através dela, Alexis vai ficar a saber mais, vai ficar a saber mais. Quando chega a Spinalonga, Alexis fica surpreendida ao descobrir que aquela ilha foi uma antiga colónia de leprosos. E então encontra Fotini e finalmente ouve a história que Sofia escondeu toda a vida: a história da sua bisavó Eleni, das suas filhas e de uma família assolada pela tragédia, pela guerra e pela paixão. Alexis descobre o quão intimamente ligada está àquela ilha e como o segredo os une com tanta firmeza.
Boas leituras

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Ilha Teresa . Strawberry Fields Forever de Richard Zimler

Leitura agradável no princípio, depois incrédula, e no fim aliviada. Conhecemos Teresa, adolescente portuguesa nos Estados Unidos com os pais, e o pai está hospitalizado, a mãe cria tarefas de compras em vez de cuidar das suas crianças  e Teresa desespera. Retrato de um adolescente muito bem conseguido, em que relata os sentimentos de solidão, de desespero, de perda, e de depressão, com ironia, humor acutilante e a verdade da situação. Relata igualmente temas importantes como a inclusão, a marginalização bem como a amizade e o amor.
Teresa perde-se no seu mundo, tentando com o álcool fugir para ele, e de certa forma fugindo dele, sempre com uma pequena testemunha dos seus passos, o irmão o Pedro.
Gostei e recomendo.
Sinopse:
A vida de Teresa muda radicalmente quando os pais deixam Lisboa para irem viver em Nova Iorque. Não estando preparada para a vida na América, com dificuldade para se exprimir em inglês, Teresa encontra refúgio no seu particular sentido de humor e no único amigo, Angel, um rapaz brasileiro de 16 anos, bonito, mas desastrado, que adora John Lennon e a sua música. Mas o mundo de Teresa desmorona-se completamente quando o pai morre e a deixa, a ela e ao irmão mais novo, com uma mãe negligente e consumista.
Os problemas de Teresa confluem para um clímax de desespero no dia 8 de Dezembro de 2009 - aniversário da morte de John Lennon - quando ela e Angel fazem uma peregrinação ao Memorial Strawberry Fields Forever em Central Park. Aí, um terrível acontecimento que nunca poderia ter previsto devolve-a à vida e ao amor.
Em Ilha Teresa, Richard Zimler conta-nos num estilo inteligente, irreverente e com uma certa dose de humor negro a história de Teresa, uma rapariga de 15 anos, sensível e espirituosa, cujo equilíbrio e sentido de identidade se vêem ameaçados quando a sua família deixa Lisboa para ir viver nos subúrbios de Nova Iorque.
Num registo um pouco diferente do habitual, mas igualmente brilhante, Richard Zimler continua a maravilhar-nos pela forma convincente como nos transporta para o admirável mundo das suas personagens.
Boas leituras