quinta-feira, 28 de março de 2019

A contadora de histórias de Jodi Picoult

Leitura agradável, a maior parte das vezes, e muito diversificada no seu conteúdo.  
Este livro inicia como se um romance feminino se trata-se mas o seu conteúdo é bastante vasto no meu entender englobando desde terror e comédia. Por mais leve que seja falar do holocausto é sempre visto de forma violenta e muito pouco humana daí referir erro.
Conhecemos um pouco de Sage Singer, parcialmente desfigurada, padeira de profissão mas por imposição sua mais do que outra coisa qualquer. Deseja fechar-se do mundo, incluindo da sua própria familia, principalmente após a morte da mãe, não criando empatia com as pessoas mas tendo alguns conhecidos, namora com um homem casado apesar de conhecer sua esposa e o mal que lhe faz, muito insegura sobre o seu modo de ser. Grande parte do livro é essencialmente as dúvidas extenciais de Sage, para com a sua familia e a não tão recente morte da sua mãe, como primeiro ficamos a saber, separação voluntária para com as irmãs e fuga da vida no geral, e sobre o pão.
A parte da comédia vem essencialmente da personagem Leo Stein, o inspector do Deptº da Justiça, que tem algumas respostas engraçadas, tem sentido de humor, o que ajuda Sage a ter uma perspectiva diferente da vida a sua volta, e é ele que toma conta do caso da personagem Sage. E o romance nasce entre estas duas personagens enquanto a investigação acontece.
O busílis do romance começa quando Sage conhece Joseph e a sua cadela, e vão-se conhecendo e ele passado alguns dias pede-lhe um favor, que o ajude a morrer. Aqui começa a história dentro da história, e temos ainda a terceira voz ficcionada pela avó de Sage, Minka. Minka escrevia histórias para si mesma, não eram histórias de encantar mas sim histórias de terror, e mais certa altura para as suas companheiras de prisão, as histórias que criava sobre o upiór = vampiro com o seu irmão, doente mental imagino, e a aldeia onde este se encontrava com a padeira. Vários simbolos tanto no próprio pão (meio de sustento) como no vampiro (vida eterna), o eterno combate do bem e o do mal sempre presente. 
 Sinopse:
Sage Singer é padeira de profissão. Trabalha de noite, a preparar o pão e os bolos para o dia seguinte, tentando fugir a uma realidade de solidão, a más memórias e à sombra da morte da mãe. Quando Josef Weber, um velhote que faz parte do grupo de apoio de Sage, começa a passar pela padaria, os dois forjam uma amizade improvável. Apesar das diferenças, veem um no outro as cicatrizes que mais ninguém consegue ver.
Tudo muda no dia em que Josef confessa um segredo vergonhoso há muito escondido e pede a Sage um favor extraordinário. Se ela disser que sim, irá enfrentar não só as repercussões morais do seu ato, como também potenciais repercussões legais. Agora que a integridade do amigo mais chegado que alguma vez teve está envolta numa névoa, Sage começa a questionar os seus pressupostos e as expectativas em torno da sua vida e da sua família.
Um romance profundamente honesto, em que Jodi Picoult explora graciosamente até onde podemos ir para impedir que o passado dite o nosso futuro.
Boas leituras

Sem comentários:

Enviar um comentário